Se até poucos dias o ambiente era tenso na política brasileira, agora que as candidaturas estão oficializadas a tensão aumenta ainda mais, tanto nos pretendentes aos cargos eletivos, como em muitos de seus seguidores. Isto dá para notar na gafe cometida pelo Lula, ao dizer que se alguém quiser bater numa mulher não o faça dentro de casa e vá fazer em outro lugar. Quer dizer que dependendo do local se pode bater em mulher? Tremenda falha. Não muitos anos atrás se dizia que em mulher não se bate nem com uma flor.

Por outro lado Bolsonaro aceita a provocação de um youtuber, que não gosta dele e nem do Lula, entra num bate boca em frente ao Palácio da Alvorada e, talvez achando que isto ainda era pouco, parte para cima do ofensor e o agarra pela gola da camisa, tentando lhe tirar o celular das mãos. São separados pela segurança, o cara vai embora ofendendo ainda mais o Presidente. A cena não durou muito, mas foi o suficiente para marcar o candidato.

E se os ânimos não se acalmarem entre candidatos e eleitores, ainda teremos muitos fatos, que mais podem prejudicar do que ajudar quem quer que seja a se eleger em outubro. E isso se não acontecer coisas mais graves.

Nunca se bagunçou tanto a Lei Eleitoral como neste ano. As leis, que antes davam alguma segurança ao pleito, estabelecendo regras, foram modificadas ao bel prazer do Congresso Nacional. Virou uma verdadeira balbúrdia. Agora pode tudo, permitindo aos que vão concorrer fazer concessões e dar benefícios, que até a última eleição em 2020, municipal, os candidatos não tinham esta liberalidade. E não estou dizendo que tais modificações somente vão ajudar a Bolsonaro, pois vai beneficiar governadores, senadores, deputados federais e estaduais que concorrem à reeleição. 

Enquanto isso se faz uma nuvem de fumaça com a discussão em torno da urna eletrônica, para esconder o verdadeiro carnaval em pleno mês de outubro. Confesso que temo pela nossa Democracia, pois tem muita gente de todas as raças, credos e ideologias, lutando contra ela.