Vi os olhos do jovem brilhando ao perguntar: ” Onde mora a felicidade? ” Não lembro a resposta dada na hora. Demorei décadas e experiência da vida ensinou. O que a gente faz, a gente não esquece. Mas, o que pensa, passa. Os sonhos mudam, os ideais também. Tem mais coisas que afastam a gente da felicidade do que a oferecem. A felicidade é simples e possível, em cada momento. Noutro dia, num encontro voltou a questão da felicidade. Pedi que fossem conversar com os idosos sentados na praça. Voltaram dizendo: “ficamos uma hora, ouvimos e perguntamos e eles não pararam de falar e contar suas histórias. Foi muito grande a alegria de termos ido conversar com eles. Foi só uma hora e por uma hora os tornastes felizes”. A felicidade é assim, doar a vida, nem que seja uma hora. Esta hora inesquecível se derrama sobre todas as horas e dias da vida. Assim, uma hora ou mais para viver com a mãe, com o pai, com os irmãos, ouvir e perguntar, trabalhar juntos ou servindo. 

Nada melhor para ele e para ti. Será para sempre. É uma experiência. Assim, ir alegrar no hospital as crianças internadas. Elas hão de sorrir e seu sorriso ficará em ti para sempre. Ajudar o cadeirante chegar ao seu destino e o lembrará para sempre. A felicidade está onde a vida é doada. Assim, é mais felicidade em dar de si do que reter a vida em droga, ao prazer, à comida e à vaidade. Só de lembrar entristece a gente e será amargura e desânimo. 

Dar a vida por uma hora feliz de alguém é tão simples e tão fecundo. Fazer companhia do jovem rejeitado e até condenado. Jesus dirá um dia: “você me ajudou. Era eu”. São coisas que vem de Deus e será verdadeiro sentido em ti e para sempre. Quem doa sua vida em horas ou doa toda vida, é para sempre o amor que se dá. Felicidade tem nome: amor. Ele sempre é simples.