O governo federal anulou, nesta terça-feira (11/06), o leilão para a compra de arroz importado. A decisão foi tomada após suspeitas de irregularidades na aquisição de 263 mil toneladas do cereal. Repercutiram negativamente as notícias de que empresas sem afinidade com o ramo e de capacidade técnica duvidosa estavam entre as vencedoras. “É fundamental que todas as suspeitas sejam investigadas pelas autoridades competentes. A sociedade brasileira tem o direito de saber se irregularidades foram cometidas”, cobrou o deputado estadual Vilmar Zanchin.

A União decidiu importar arroz poucos dias depois do início das enchentes nos municípios gaúchos. A medida foi apontada como necessária para evitar aumento de preços do produto no mercado interno. Em recente entrevista à Rádio Gaúcha, o diretor jurídico da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Anderson Belloli, garantiu que não há risco de desabastecimento. Também informou que 85% da safra já tinha sido colhida no início dos temporais.  

Apesar de toda a polêmica, o governo federal prometeu realizar um novo leilão. “Os produtores gaúchos têm apontado como desnecessária a compra de arroz importado. É importante que o governo federal ouça o setor arrozeiro e reavalie as medidas adotadas, defendeu Zanchin.