Suinocultura contribui para melhorar o IDESE de Camargo
O município de Camargo tem como base econômica o setor agropecuário, sendo que o mesmo corresponde a aproximadamente 70% do Valor Adicionado Fiscal, que é o valor líquido das movimentações financeiras efetuadas por todos os contribuintes (empresas e produtores rurais). A suinocultura se destaca no setor agropecuário, pois representa aproximadamente 50% dessas movimentações.
Em 2020, a produção, em relação 2019 cresceu expressivamente sendo que em 2019 gerou um retorno ao município de aproximadamente R$ 1.874.943,00 e em 2020 um retorno de R$ 4.669.063,00, representando 149 % a mais.
Hoje são mais de 120 criadores de suínos no município que ocupa, na Região da Produção, o 1º Lugar no ranking. Mesmo com a queda do IDESE em 2021, que teve como principal fato o impacto da pandemia e da estiagem, foram abatidos 195.114 suínos, um aumento de 18% em relação ao ano de 2020 quando Camargo ocupava a 9º posição e foram abatidos 165.436 suínos.
Camargo subiu 88 posições impulcionado pela renda.
Em 2020, o RS tinha 30,1% da população vivendo em municípios considerados de desenvolvimento elevado, ou seja, com Idese igual ou superior a 0,800, enquanto 69,9% estava em municípios de médio desenvolvimento, aqueles com Idese entre 0,500 e 0,800. O percentual da população em cidades com desenvolvimento elevado caiu em relação a 2019, quando foi de 31,1%, mas pelo segundo ano seguido se manteve acima.
Ranking dos municípios por bloco:
Renda
1º – Camargo: 0,982
2º – Carlos Barbosa: 0,951
3º – Água Santa: 0,940
"É o que eu mais gosto de fazer"
O suinocultor camarguense Vitorino Filippi, morador da Linha Filippi, trabalha na área há 35 anos. Decidiu entrar no ramo para ter uma renda a mais e não viver somente do trabalho na lavoura, que depende muito das condições climáticas. “Isso agregou valor na propriedade”, acrescentou.
Ele trabalha com a fase de creche dos suínos, cuidando de mais de 2.300 leitões. Atualmente, realiza o serviço junto com a esposa, Olivane Dalmora Filippi, e o filho, Jean Vitor Filippi. Em épocas de pico, são contratados terceiros para auxiliar na atividade.
“Me sinto realizado trabalhando com os bichinhos. É o que eu mais gosto de fazer. Pretendo sempre me manter nessa atividade. Não tenho ideia de fazer outra coisa”, comentou Vitorino.
Ajuda para fomentar o negócio
A técnica social e chefe do escritório da Emater de Camargo, Simara Lovizon, falou sobre as ações realizadas para fomentar o negócio de suinocultura no município. “Fazemos a elaboração do projeto técnico para o investimento de tecnologias na atividade e na construção de novas instalações. É através do projeto que o governo terá informações detalhadas sobre a propriedade, verificará a quantia em dinheiro que o produtor necessita, para quê e em quanto tempo a verba será usada”, atentou. Ela também salientou que fazem parte do Conselho Agropecuário Municipal, onde são debatidos e implantados incentivos municipais em prol dos suinocultores, como, por exemplo, o de destinação de dejetos líquidos gerados pelos animais, além de ações de orientação com o objetivo de diminuir os impactos ambientais gerados pela atividade.
Na questão de manejo e alimentação, não há tanta interferência. As integradoras têm os técnicos responsáveis e eles acompanham as propriedades.