Cultura 24 Horas contou com a presença de cerca de 10 mil pessoas
O Cultura 24 Horas realizou de 15 a 18 de agosto a sua edição comemorativa aos 15 anos, na Casa da Cultura de Marau, com recorde de artistas e público. Foram 103 inscrições, colocando no palco e no hall de exposições 500 artistas, que foram apreciados por um público de 10 mil pessoas. Estima-se que cerca de 2.500 pessoas tenham passado em cada um dos dias do evento. Pela primeira vez, desde a criação do evento, foram registrados momentos de auditório lotado em todos os dias: quinta, sexta, sábado e domingo.
Os idealizadores do evento, Candice Campos e Jardel Bassi, atribuem esse crescimento na plateia à trajetória de evolução constante e também ao grande número de crianças e adolescentes que subiram ao palco, o que acaba levando familiares e amigos a prestigiarem.
Destaque neste ano foi a presença dos super-heróis, que brincaram com o público - inclusive com os adultos - e posaram para muitas fotos. As intervenções com a Re Tri Circo - no hall, no palco e na rua - foram um dos pontos altos dessa edição. A habilidosa dupla de artistas circenses se doa à plateia e inclusive já conta com muitos fãs na cidade. O show Warawar: Hijo de las Estrelas - a cargo da Caravana da Ilusão - colocou no palco 12 artistas que contaram uma releitura da obra O Pequeno Príncipe através de números de malabarismo, roda, lira, tecido e contorcionismo. O público reagiu com muitos aplausos.
Quem percorria o hall observando as obras não economizava elogios ao talento dos artistas que expuseram desenhos, pinturas, esculturas e peças artesanais. Muito talento foi apresentado. A homenagem póstuma à artesã Diva Páscoa Bortoluzzi emocionou seus amigos que passaram por ali.
O espaço destinado aos escritores locais recebeu visita dos admiradores da literatura. Puderam conversar com os autores, debater suas obras e conhecer melhor as pessoas por trás das palavras. A escritora Joice Cristina Carollo, que conduziu um bate-papo entre os escritores na noite de sexta-feira, destaca a importância do momento: "Após uma breve apresentação, cada um falou sobre seus próprios motivos para escrever. E isso vai desde forma de expressão até o inconformismo sobre assuntos que deveriam ser abordados, mas não são. E tudo isso culminou num debate sobre saúde mental e o impacto que nossos sentimentos causam na nossa saúde. Essa foi, com certeza, uma experiência muito enriquecedora".
Pelo palco passaram artistas de dança, música, poesia e literatura. Uma oportunidade de Marau conhecer quantos artistas estão espalhados por aí e quanto talento ainda é desconhecido. O público pôde contemplar atrações de alto nível e ficou evidente, mais uma vez, o quanto há dedicação em ensaios e preparação ao longo de todo o ano. Foram muitos momentos de emoção, surpresa e encantamento.
Já em frente à Casa da Cultura teve muita coisa também... Hasteamento da bandeira pelo Grupo Escoteiro Cacique Marau, feira de adoção de pets pelo Patas Protetoras e show com fogos pela Companhia Re Tri Circo. Sem esquecer, claro, de mencionar o "sequestro" do secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Isaias Fernandes, encenado pos personagens da Liga dos Heróis, que contou inclusive com o auxílio da Polícia Civil de Marau (que também entrou na brincadeira).
Patrimônio Imaterial: Na cerimônia oficial, sábado à tarde, destaque para o momento em que o prefeito Iura Kurtz assinou a lei que reconhece e institui o Cultura 24 Horas como o primeiro Patrimônio Cultural Imaterial de Marau.
Padrinho: Neste ano quem apadrinou o evento foi Rafael Vinícius Vieira. A passagem do cargo ao seu sucessor aconteceu no domingo à noite num momento de emoção e alegria. Recebeu o título de Padrinho do Cultura 24 Horas 2025 o artista plástico Giovano Durante. Atuando na área há quase 10 anos, ele é o responsável pelo espaço coletivo de arte Depósito 146, localizado na Rua Anchieta aqui em Marau, e vem incentivando jovens talentos a mostrarem suas produções.
Giovano Durante participou ativamente desta edição do Cultura 24 Horas coordenando a ação proposta pela Associação Marauense Amigos da Cultura denominada Desenhando o Chão e Pintando Paredes: Conectando Portas e Abrindo Janelas, que convidou a plateia a construir uma grande obra coletiva.