Colonos e motoristas: relembrando a história das festas paroquiais de Vila Maria


No dia 25 de julho, é comemorado o Dia do Colono e Motorista, classes que contribuem para o desenvolvimento da nação. Em Vila Maria, neste ano, a tradicional festividade será realizada no dia 07 de agosto. A celebração tem grande história no município. Conversamos com o munícipe Odolir Parizzi para nos contar um pouco sobre a realização da festa antigamente. Em seu arquivo, ele tem diversas fotos que contam os fatos acontecidos durante as celebrações. 

 

“No dia da festa, às 05 horas da manhã, era celebrada a missa na capela das irmãs pelo Pe. Maschio para todos os trabalhadores do evento. Após a missa, tocava o sino e, com o estocar dos foguetes, em seguida começava a música na rádio sonora. As pessoas se locomoviam do interior a cavalo e nas comunidades em que alguém tinha caminhão, vinham na carroceria. Após a missa festiva, fazia-se a procissão organizada pelas senhoras Palmira Marroni e Maria Parizzi de Toni. Os andadores eram carregados por senhoras vestidas de noiva à frente da procissão com crianças espalhando papel picado ou pétalas de rosa. Em seguida, uma jovem que representava o menino Jesus, lavando na mão o globo, representando o universo. Na sequência, vinham moças com ramalhete de flores. As mulheres vestidas de noiva, carregando o andor, eram acompanhadas pelo povo e a tão esperada Banda Santa Cecília, a qual a missa festiva se posicionava no Coro da Igreja para animar cantos e o ponto culminante da celebração era na hora da consagração, quando era tocado o Hino Nacional Brasileiro bem baixinho. Haviam quiosques espalhados pela praça, com jogos de cavalinhos, pesca, roda da fortuna, casinhas dos coelhos e o jogo do chinquilho. Um dos mais tradicionais quiosques era o equipado com sistema de som, onde funcionava a “Rádio Sonora A Voz de Maria”, controlada pelo Pe. Marcos Antônio Rampi, o qual levava todos os recados e a música que animava toda a festa. O seu ajudante era o Sr. Egídio Antônio de Toni. Existia também um lugar reservado para a Antiga Banda Santa Cecília, de Marau, que participava da festa durante todo o dia. Outro fato importante era que o Sr. Alberto Borella participava de todas as festas com os funcionários do Frigorífico Borella, hoje Perdigão. Ao meio-dia, eram servidas comidas típicas no restaurante. Já os que preferiam churrasco, reuniam-se debaixo das árvores. No final da tarde, em frente À Igreja Matriz, fazia-se a apresentação dos próximos festeiros”, diz Odolir em seu relato.