CCDH apura casos de tortura contra apenados no sistema prisional do RS


Desde a manhã de segunda-feira, 8 de agosto, familiares de apenados estão protestando em frente ao Palácio Piratini para conversar com o governador Eduardo Leite sobre casos de violações que vem ocorrendo no sistema carcerário no Rio Grande do Sul. Ontem, no fim da manhã, a deputada estadual Laura Sito, se reuniu com um grupo de mulheres para compreender as demandas. 

Como presidenta da Comissão Permanente de Direitos Humanos, Laura recebeu relatos sobre a greve de fome no sistema prisional gaúcho. Segundo as familiares, agentes penitenciários proibiram a entrada de alimentos, recolheram os que já estavam no local e, ainda, retiraram colchões das celas. Outro relato feito à deputada foi de que, cerca de 10 presos diabéticos, estão sem o armazenamento de insulina.

Ainda, as familiares expuseram à presidenta da Comissão de Direitos Humanos que há agressões físicas e uso inadequado de gás lacrimogêneo. Para a deputada Laura Sito, diante de tantos relatos, “é preciso verificar quais são as condições de encarceramento oferecidas pelo RS e quais as motivações para a retirada de direitos básicos dos apenados”, questiona e reitera que o governo Leite precisa sair do Palácio e tomar providências sobre o tema, “estamos falando de uma população de mais de 42 mil pessoas, não podemos gerar uma crise dentro do sistema prisional, enquanto a polícia civil e a polícia penal estão entrando em paralisação no dia de hoje”, afirma. 

A comissão oficiou a SUSEPE e a Secretária de Sistemas Penal e Socioeducativo para solicitar informações e providências para a melhor solução do problema.