Agosto é o mês de conscientização sobre câncer de pulmão
A campanha Agosto Branco faz um alerta para um dos cânceres mais incidentes na população: o câncer de pulmão. Esse é o segundo câncer mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). São estimados mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão a cada ano e quase 30 mil mortes. O tabaco é a principal causa desse câncer, seguido de outros fatores como tabagismo passivo, exposição a determinadas toxinas e histórico familiar. Em agosto, também ocorre o Dia Nacional de Combate ao Fumo, em 29 de agosto.
Em quase 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. O cigarro contém mais de 7 mil substâncias químicas diferentes, das quais mais de 70 são cancerígenas. “As pessoas que fumam cerca de um maço por dia desenvolvem cerca de 150 mutações genéticas adicionais a cada ano em seus pulmões, e é por isso que os fumantes possuem um risco maior de desenvolver câncer de pulmão”, alerta um dos oncologistas do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alex Seidel.
Os trabalhadores rurais, da construção civil, da mineração, das indústrias (de metais pesados, borracha, papel, vidro), mecânicos, eletricistas, pintores, soldadores, entre outros, também podem apresentar um risco maior para o desenvolvimento deste câncer.
Apenas 16% dos casos de câncer de pulmão são diagnosticados nas fases iniciais. Os sintomas costumam aparecer já em estágio avançado da doença. Mas, entre os sintomas mais comuns estão: tosse (muitas vezes com sangue), dor no peito, chiado no peito, rouquidão, piora da falta de ar e perda de peso sem causa aparente. O diagnóstico pode ser feito por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.
O tratamento depende da extensão e características moleculares da doença, podendo ser tratado com cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo. Uma das novidades nos últimos anos é o tratamento com imunoterapia, medicamentos que, em vez de atacar diretamente o câncer, ajudam as defesas do corpo a detectar e combater a doença. “O emprego da imunoterapia associada à quimioterapia no Brasil para câncer de pulmão foi aprovado no ano de 2019 e vem mostrando resultados promissores no controle da doença”, destaca Seidel.