Xv de Novembro e dupla grenal


Pode mais

A campanha do XV de Novembro me deixa somente uma sensação: a de que podia mais! Um elenco forjado pelo rei do acesso, o Javali. Com jogadores experientes e multi campeões. A trajetória é de somente um quinto lugar no Grupo B do Gauchão Série B. Mas alguns descontos devem ser dados. O XV teve muitos problemas de lesão e de saída de alguns jogadores importantes e uma reposição lenta desses nomes, que ajudam a explicar porque o time ainda não engrenou. Abriu a temporada com dois goleiros de alto nível, Zé e Chico. Chico preferiu sair por opção pessoal e o Zé se machucou. Desde então, muitos goleiros ocuparam a meta do XV, mas nenhum conseguiu substituí-los a altura. No entanto, ainda acredito em um XV forte e lutando pelo acesso.

Coincidências

Em 2004, ano do segundo rebaixamento do Grêmio, o tricolor terminou a temporada com Cláudio Duarte. Mas no decorrer da campanha lamentável, os dirigentes gremistas trocaram de treinador três vezes. Neste ano, o time está novamente remando contra a maré do rebaixamento e a que tudo indica vai para seu quarto treinador, assim como em 2004. Meras coincidências? Não é somente isso. Mostram a falta de competência dos dirigentes que não conseguem encontrar uma solução para fazer o time jogar bola. No começo de 2021 se falava no super Grêmio. Hoje? Se fala no super fracasso. Quem são os culpados? Volto a repetir: os diretores. O Grêmio ficou por anos sendo mandado e desmandado pelo Renato. O tricolor terceirizou o departamento de futebol. E na saída do ídolo, a lacuna não foi preenchida. Bolzan e seus pares entendem muito de política. Porém quando o assunto é futebol, falta um Renato para ajudar. O time no papel não é ruim, o salário tá em dia. O que falta mesmo é um treinador bom para tirar o futebol que salve o Grêmio da Série B.

Tiro certo!

 

A diretoria do Inter tinha uma convicção enorme de que o futebol colorado deveria mudar drasticamente o estilo. Tudo que se fez na história centenária do Colorado não servia mais. Eis que chegou o então salvador da pátria: Miguel Ángel Ramírez. O espanhol que havia treinado somente um time na carreira, o Independiente Del Valle. Fez um bom trabalho por lá, fato. Porém treinar o Del Valle é muito diferente de treinar um gigante brasileiro. E suas ideias se mostraram um verdadeiro fracasso. A diretoria arrumou prontamente o seu erro e trouxe Aguirre. Sem gostei dos trabalhos de Aguirre, mas todos eles terminaram com o time correndo pouco por conta da falta de preparo. Algo que foi corrigido nesta passagem no Inter. Dentro de campo o Inter já faz uma campanha de G4, em 19 jogos sob o comando do Uruguaio, o colorado tem oito vitórias, sete empates, 4 derrotas com ataque que fez 26 gols e a defesa que levou 16. Campanha de um pouco mais de 54%. Realmente o Inter entrou nos trilhos e ganhou uma identidade. Mostrando mais uma vez que no futebol e na vida tudo ao extremo faz mal.