Vamos falar sobre Setembro Amarelo?


Setembro Amarelo nos remete a importância de falarmos sobre a temática Suicídio. Se analisarmos o que nos traz a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio tem aumentado nas últimas décadas, estando entre as dez principais causas de morte, por isso é preciso dar atenção especial a esse problema. No Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos e mais de 1 milhão no mundo, sendo uma trágica realidade.

Os números são altíssimos e ainda em algumas sociedades falar sobre Suicídio é um tabu e em consequência não é falado de forma aberta. Ainda segundo a OMS, o comportamento suicida é um fenômeno complexo e multicausal, dependendo de diversos fatores, dentre eles, biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais. Assim, não pode ser reduzido apenas a eventos pontuais que acontecem na vida do sujeito.

Em nosso País, se analisarmos a faixa etária, o índice maior de casos se encontra entre os 20 e 49 anos. As causas podem estar no uso abusivo de álcool e outras drogas, presença de sofrimento psíquico, vulnerabilidade social e financeira.

Precisamos dar mais importância e falarmos abertamente sobre esse assunto. Suicídio é uma prioridade de saúde pública. Por isso, precisamos atuar na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio. Ao falarmos sobre o tema podemos desencadear nas pessoas que estão passando por momentos difíceis e de crise o desejo de buscar ajuda e com isso entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.

No momento em que se fala nesta temática, estamos conscientizando e informando as pessoas, as quais irão aprender e ajudar o próximo. É essencial que as pessoas saibam identificar que alguém está precisando de ajuda, tendo uma escuta ativa e sem julgamento. Demonstrar que está disponível para ajudar e sendo empático. Compreender os sentimentos daqueles que passam por momentos de tristeza, ansiedade, medo ou sensação de solidão são gestos de empatia que devem ser incorporados no dia a dia de todos.

É fundamental prestarmos atenção em alguns comportamentos que o sujeito que não está bem pode apresentar: se isola e tem sentimento de solidão; mudanças drásticas de hábitos; perde interesse por atividades que antes eram antes prazerosas; se descuida com a aparência; tem uma piora na execução de tarefas na escola ou no trabalho; apresenta alterações no sono e apetite; irritabilidade ou agitação excessiva; tentativas de suicídio; tem histórico familiar de suicídio; expressa sentimento de desemparo e desesperança.

Precisamos ficar atentos a esses sinais, pois podem indicar necessidade de ajuda. Embora a relação entre distúrbios suicidas e mentais (em particular, depressão e abuso de álcool) esteja bem estabelecida, vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em momento de crise, como dificuldade de lidar com os estresses da vida, como por exemplo, problemas financeiros, términos de relacionamento ou dores crônicas e doenças.

   Falar sobre saúde mental é extremamente importante. Conversar sempre é um passo primordial. Dialogar, trazer o assunto à tona e fazer com que as pessoas saibam que não estão sozinhas. Portanto, devemos nos colocar sempre pela valorização e dignidade da vida em todos os sentidos e de todas as formas. Não é somente sobreviver, mas sim construir histórias, sonhos, expectativas e projetos de vida.

 

É importante falar!! É importante ouvir!!!