Assunto polêmico e que na grande maioria das vezes é evitado em reuniões ou rodas de conversa. O abuso sexual infantil é um dos fatores que causam traumas mais prejudiciais na infância e consequentemente na vida adulta. Este lamentável assunto deve ser desmistificado para que possamos ter um olhar mais atento diante de nossas crianças que são vítimas inocentes e devem ser acolhidas.

A sociedade se engana ao pensar que esses abusos ocorrem por pessoas distantes do âmbito familiar. Na grande maioria das vezes ele ocorre dentro da própria casa da vítima, por vizinhos, familiares ou até mesmo pelos pais ( pai e mãe), pessoas que a todo momento procuram, de alguma forma, seduzir a criança carinhosamente para se aproximarem sem ser percebidos ou até mesmo pelos pais que deveriam ser o porto seguro da crianças. 

É preciso estar atento em casa, na escola ou no ambiente frequentado pela criança. A mudança de comportamento ou comportamentos atípicos infantis, devem ser considerados, sinais físicos de agressão com lesões nas genitais ou contaminações por doenças sexuais, resistência para tirar ou trocar a roupa, sinais no comportamento como afastar-se insistentemente de algum indivíduo ( provável agressor), medo de ficar sozinho, medo do escuro, isolamento social, inferioridade, culpa, desconfiança excessiva, baixa concentração, comportamentos agressivos e defensivos, automasturbação excessiva, comportamentos sexuais incomuns para a idade, regressão a comportamentos infantis ( ex. volta a usar fralda, fazer xixi na calça), fuga da realidade ( passa a viver uma realidade paralela vendo ou ouvindo coisas que não são reais) dentre outros sinais que devem ser levados em consideração, lembrando que as vezes esses abusos nem sempre são físicos como por exemplo, o ato sexual na frente das crianças.  

Quero ressaltar que muitos desses comportamentos podem ocorrer devido a outras questões psicológicas, portanto não existe uma regra, diante de determinadas mudanças no comportamento a criança deve ser olhada e acolhida para que se possa investigar o que realmente está acontecendo, com profissionais adequados que possam conduzir e cuidar do caso de forma saudável tratando a saúde física e mental da vítima para que a mesma não venha a ter maiores prejuízos emocionais na vida adulta.