Grandes mudanças e avanços tecnológicos acontecem a todo momento, no entanto ainda há muito a aprendermos sobre algo natural e inerente a todas as pessoas: as emoções. As emoções são reações a eventos que são sentidas no corpo, podem ser agradáveis ou desagradáveis. O pensamento é a voz da emoção, traduzindo o que sentimos em nosso corpo.

Nós não temos controle sobre as nossas emoções, assim como não controlamos o sono e a fome. Contudo, podemos aprender a controlar as nossas reações frente às emoções. Dessa forma, podemos entender aquilo que sentimos e nos expressar de uma forma assertiva. A capacidade de voltarmos a sensação de bem-estar após a passagem de uma emoção desagradável é o que chamamos de regulação emocional.

Com o desenvolvimento da regulação emocional ocorre também o aumento de nossa resiliência. Dessa forma, apesar de inevitavelmente passarmos por situações difíceis na vida, como problemas, decepções e perdas, é possível compreendermos que por mais desagradável que seja a emoção vivenciada, não somos aquilo que estamos sentindo e em questão de tempo voltaremos ao bem-estar.

Aprendemos a regular nossas emoções no decorrer da nossa infância e adolescência. Sendo assim, quando somos expostos a expressões como “é feio ter raiva”, “meninos não podem sentir medo, chorar” compreendemos que devemos evitar ou suprimir essas emoções, sentir culpa por tê-las e podemos desenvolver dificuldades em lidar com elas. Nesse sentido, é muito importante que estejamos atentos ao reconhecimento das emoções e, especialmente, ao que elas nos comunicam, sem julgamento, mas sim com aceitação.

Portanto, a regulação emocional é tida como base para a saúde mental. A falta de regulação emocional pode fazer com que o sujeito reaja com mais intensidade diante a algumas situações, aumentando o estresse, a ansiedade e a tristeza em relação ao ocorrido. Por esse motivo, a psicoterapia tem um papel fundamental no acompanhamento psicológico de uma pessoa que busca desenvolver a regulação emocional.