Qualidade fisiológica da semente e seu impacto na produtividade


A qualidade fisiológica pode ser definida como a capacidade de desempenhar funções vitais, caracterizada pela germinação, vigor e longevidade, que afeta diretamente a implantação da cultura em condições de campo. Resultados de pesquisa mostram que a baixa qualidade fisiológica de sementes pode resultar em reduções na velocidade e emergência total, desuniformidade de emergência, menor tamanho inicial de plântulas, produção de matéria seca e na área foliar.

Também foi constatado que plântulas de soja provenientes de sementes com menor qualidade fisiológica emergiram posteriormente e apresentaram as primeiras folhas trifolioladas menores em relação às plântulas provenientes das sementes com alta qualidade, resultando em menor taxa de acúmulo de matéria seca durante o período de crescimento. As plântulas provenientes de sementes de baixa qualidade tendem a serem menores que as demais, se desenvolvendo de forma tardia em relação às demais e isso resulta no sombreamento dessas plantas, que certamente produzirão menos em relação às demais.

Uma semente de alto vigor possui também vantagens em relação à uma semente de baixo vigor no que se refere a estresses, como, por exemplo, ocorrência de seca após a semeadura, profundidade de semeadura, compactação superficial, assoreamento após chuva pesada, baixas temperaturas, ataque de fungos e insetos. Isso se dá em virtude de que o uso de sementes vigorosas assegura o estabelecimento de uma população de plantas adequada mesmo em condições estressantes.

Principais vantagens de sementes vigorosas em relação às sementes de mais baixo vigor:

 

  • Melhor germinação e emergência, mesmo em condições de estresse;

  • Maior velocidade de germinação e emergência;

  • Plântulas que emergem mais cedo acabam tendo vantagens competitivas em relação às que emergem depois, como as plantas daninhas;

  • Estande adequado, com plantas vigorosas e uniformes.