Produtos biológicos: uma ferramenta cada vez mais importante para a agricultura
Os produtos biológicos para controle de pragas e doenças não podem mais ser considerados uma medida alternativa na lavoura. Hoje, o produtor que adota o controle biológico no campo, tem em mãos, uma grande variedade de tecnologias que atendem cada vez mais às suas necessidades.
Uma das principais características dos biodefensivos é a sua integração com defensivos químicos. No Manejo Integrado de Pragas (MIP), os produtos funcionam não apenas como medida de prevenção e controle de pragas e doenças, mas também como estratégia para prevenir a resistência biológica aos defensivos químicos. Dessa forma, os biodefensivos são essenciais para aumento de produtividade, conservação de tecnologias e preservação do meio ambiente. Em outras palavras, representam soluções inovadoras na agricultura sustentável.
Esse maior interesse dos produtores pelos biodefensivos ocasionou um aumento no número de empresas que passaram a investir em pesquisa e desenvolvimento nessa área. O crescimento desse mercado é evidenciado pela maior oferta de ativos biológicos, novas formulações e técnicas de aplicação.
Atualmente, agricultores da União Europeia e dos Estados Unidos são os que mais empregam produtos biológicos para o controle de pragas e doenças. Na América Latina, o Brasil é líder na adoção de biodefensivos e, em 2020, apresentou crescimento superior à média global (30% versus 14,4%).
No Brasil, os biodefensivos foram impulsionados pelas grandes culturas. O marco na adoção dos biodefensivos, no Brasil, ocorreu em 2013, quando bioinseticidas mostraram eficiência no controle da Helicoverpa armigera, uma praga que estava destruindo lavouras brasileiras de soja. Desde então, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos biológicos foram intensificados e resultaram em maior inovação tecnológica e lançamentos de novos biodefensivos.