Plantas de Difícil Controle: Caruru


Com crescente expansão populacional em lavouras agrícolas, as plantas do gênero Amaranthus se destacam por apresentarem algumas características que as tornam tão preocupantes quanto buva (Conyza spp.) e capim-amargoso (Digitaria insularis). De modo geral, as plantas de caruru apresentam rápido crescimento e desenvolvimento, atrelados e elevada habilidade competitiva. Dependendo da espécie de caruru, o crescimento médio da planta pode variar entre 2,5cm a 4cm por dia.

Além da elevada habilidade competitiva, rápido crescimento e desenvolvimento, as plantas de caruru compartilham de uma característica em comum que é a elevada produção de sementes. Embora não sejam facilmente dispersas pelo vento como sementes de buva, principalmente pelo peso e formato, as sementes de caruru são facilmente dispersas pela água, pássaros, bovinos em pastejo e principalmente máquinas e equipamentos agrícolas, sendo essa última, uma das principais fontes de dispersão da planta daninha em áreas de produção agrícola.

Medidas como a limpeza de máquinas e equipamentos agrícolas, assim como a quarentena de animais oriundos de outras áreas, constituem algumas das principais estratégias de manejo do caruru. Com relação ao controle químico com o uso de herbicidas, é necessário maior cautela para maior eficiência no manejo do caruru.

Diferentemente de algumas espécies de plantas daninhas, o caruru apresenta diversos fluxos de emergência ao longo do desenvolvimento da soja, sendo assim, o monitoramento das áreas de produção é de fundamental importância para a maior assertividade do momento de aplicação, que em pós-emergência é de plantas com até 4 folhas desenvolvidas.

Cabe destacar que a maioria das espécies infestantes de caruru de interesse econômico apresentam algum relato de resistência a herbicidas e mecanismos de ação de herbicidas. Sendo assim, a rotação e mecanismos de ação e o uso de herbicidas pré-emergentes são importantes estratégias de manejo da resistência. Não menos importante, vale destacar que a boa cobertura do solo, pode contribuir para a redução dos fluxos de emergência dessa planta daninha.