Quando chegamos ao mundo encontramos muita gente. Pelo caminho, muitos outros chegaram. Outros, nem bem conhecidos, nos deixaram. Hoje, percebemos ser uma graça muito grande viver neste mundo e conhecer tantas pessoas. De fato, convivemos com poucas pessoas em nosso tempo de mundo. Os anteriores a nós nunca os vimos, nem conhecemos seus nomes e a maioria nem sabemos que existiram e outros virão e não conviveremos. Com poucos temos a graça de conviver e nos conhecer. Uns conhecemos sofridos, doentes ou desde seus antepassados em escravidões e limitações. Há outros em situações privilegiadas e herdeiros de muitos bens, mas a maioria em dificuldades desde os primeiros dias desta vida. Em situações diferentes nos é dado conviver. E sabemos que todos esperam muito da gente e nós esperamos deles. Somos da mesma humanidade. E sozinho ninguém nasceu, nem vive e nem parte. Somos limitados aos outros e deles precisamos para viver e sentir a grandeza de vida. Os outros são muito importantes na vida da gente, especialmente os que nos veem e andam na mesma rua, na mesma cidade e até fazem a mesma função que nós. Enquanto uns partem, outros chegam. Todos ganhamos um tempo de peregrinos que nada trazem e nada levam. Até para partir precisamos dos outros. Somos aqui e sempre avaliados pelo que somos e pelo que fomos e nos relacionamos. E a vida toda foi e é graça. Somos agradecidos pela vida dos outros, pela companhia e convivência e por sua importância na vida da gente. Santo Agostinho exclama: “ como o outro é grande”. Ele tem é tanto para nós, que mesmo necessitado dele sou para ele a grandeza que ele necessita. Assim desde a raiz de nós mesmos ao abraço do futuro somos um. Obrigado a todos que convivemos por anos ou apenas por alguns meses.