O CUSTO DA DEMOCRACIA
Quando as pessoas reclamam aqui no Brasil, que os três Poderes constitucionais custam muito, pois há enormes gastos com eles, vem o rebate que este custo não deve ser contestado, pois para as instituições serem mantidas deve-se arcar com as despesas com os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. E os que afirmam isso estão certos, pois nós precisamos dos elementos humanos destes três Poderes.
Porém, vamos com calma com o andor, para que o santo não caia. Se é verdade que precisamos de administradores, legisladores, juízes e todas as despesas decorrentes do exercício de suas funções, também não há necessidade de gastar aos borbotões, exaurindo os cofres da nação. Pergunto, havia necessidade de construir Brasília do jeito que o foi. Prédios faraônicos com material de primeira. Suntuosidade em tudo, desperdício de espaço. Para que tudo isso? Para satisfazer a megalomania de JK?
E se nós formos olhar nota-se este absurdo de gastos acima do razoável, em prédios e obras públicas em quase todas as cidades pequenas, médias e grandes. E dá-lhe dinheiro público, pois não sai do bolso de quem manda fazer e muitas vezes sobra um pouco para o bolso dos idealizadores das obras.
Se um habitante de outra galáxia pousasse no Brasil, ele olhando a opulência das obras e prédios públicos diria, que país rico! Seu povo deve ser o mais feliz da Terra. Para ele não ficar no engano, alguém teria que lhe dizer que não é bem assim e que há sim exceções, mas os felizardos são aqueles que se propõe a exercer a Democracia por um determinado custo e que depois acrescentam penduricalhos, que fazem custo da Democracia valer os olhos da cara do povo que os elegeu.
Vamos nos deter nos deputados e senadores. O salário talvez não ultrapasse trinta mil reais, mas com todos os acréscimos, carro oficial, apartamento funcional e custo do assessores, eles comem do erário público algo acima de cem mil.
Eu sei e o povo sabe que a Democracia tem custo, é necessário, porém não é preciso que custe tanto. Dá para fazer por menos.