A classe política brasileira está fazendo o nosso País retroceder. Conquistas das duas décadas deste século estão sendo jogadas no lixo, por um acerto entre os poderes da República. Alguns desses ataques têm a participação da totalidade dos poderes, outros de um ou dois, mas o fato que o povo brasileiro está a mercê de homens públicos, que estão em busca da defesa de seus interesses pessoais em detrimento ao que realmente é bom e importante para a Nação.

Na última coluna referi-me à aprovação do projeto que libera 5,7 bilhões de reais para o Fundo Partidário, contra 2 bilhões em 2010. É lógico que o povo abriu o berro. Foi pedido ao Executivo que vete este valor. Mas como no Executivo também há políticos e partidos que se utilizarão desta fantástica verba, o Presidente Bolsonaro muito espertamente está falando em vetar, reduzindo valor para 4 bilhões. Assim pensa agradar a gregos e troianos, pois reduz o rombo em 1,7 bilhão, mas deixa ainda no fundão 4 bilhões, o que é do dobro de dois anos atrás, que assim mesmo continua uma vergonha.

Junto os três poderes mexeram na lei que permitia prender após condenação em segunda instância e com isso ajudaram soltar a caterva de ladrões do dinheiro público. Eles, os três, conseguiram anarquizar a Operação Lava Jato, a Lei da Ficha Limpa, oportunizando que os que roubaram a mais não poder, possam concorrer com as mãos sujas de larápios, mas com a cara limpa, que eles caras imundas acharam maneira de mudar.

E agora tramita na Câmara outra aberração, mudanças na Lei Eleitoral para avacalhar de vez com as eleições decentes. Por exemplo, compra de votos somente passa ser crime se for provado que foi através de ameaças (violência). Se for no comum acordo, com palavras doces o voto pode ser comprado. Transporte de eleitores não levará a perda do mandato. Só multa até 100 mil reais. Ganhando a eleição, em 4 anos recupera logo este prejuízo. Tem outras preciosidades nos 992 artigos a serem votados. Nem vou falar da pretensa volta do voto impresso, pois terminou o espaço.