MUITA CALMA NESTA HORA


  No dia 25.01.19 escrevia aqui a primeira coluna daquele ano. Analisei os quase primeiros 30 dias dos governos Bolsonaro e Eduardo Leite e o final era assim: “Mas enfim, estamos apenas no começo, nem tudo está certo, nem tudo está errado. Vamos torcer, ou melhor ainda, colaborar para que tudo vá bem, porque afinal é aqui que nós vivemos”.

Este parágrafo pode ser transcrito, sem tirar e nem por, no começo de 2023. Na ocasião pedia que não houvesse fanatismos, mas bom senso. O Governo Bolsonaro passou e será analisado pela História, ou por eleitores se ele voltar a concorrer.

E o Governo Lula está começando, para no futuro também ser analisado pela mesma História. Nunca fui de cobrar, principalmente depois que passei pela Prefeitura, coisas de médio e longo prazo, pois não se constrói obras públicas em meses. Há porém, medidas que podem e devem ser tomadas logo, ou deixar de tomá-las, se vão atrapalhar.

Vivemos a campanha de 2022 sob o signo de dois “eles” (L). Um com o dedo indicativo na vertical e o polegar na horizontal lembrando Lula e outro em que o polegar na vertical e o indicativo na horizontal simbolizavam a “arminha” de Bolsonaro. Nenhum dos dois símbolos me seduziu, então não adianta vir para mim, com a lenga lenga de “faça um L agora!.

Acho-me e achar-me-ei no direito de discordar, quando for preciso das medidas do atual Governo Federal e não exigirei dele urgência, quando o que tiver que realizar, necessitar de mais tempo do que a pressa que eu tenho. Mas já dá para não concordar com o “berro” do Presidente contra a autonomia do Banco Central e contra a desestatização da Eletrobrás. Tem o direito de não gostar e de reverter os atos? Tem, mas que faça pelos meios legais e constitucionais. Parece que não se dá conta que a diferença da vitória dele no 2º turno não foi muito ampla e então ele não tem o apoio maciço do povo brasileiro. Outro erro para mim é o número excessivo de Ministérios. Todavia, há de se reconhecer que está fazendo coisas boas.

 

O título desta coluna é o mesmo de janeiro de 2019.