Inchaço abdominal: você sabe o que pode estar causando?
Se você acorda “quase sem barriga”, mas termina o dia com a barriga extremamente estufada, leia esta matéria! Saiba que a queixa de inchaço abdominal é uma das mais comuns que chegam até o consultório. Descubra quais são as possíveis causas para esse problema e o que você pode fazer para evitar.
A maioria dos pacientes atendidos em consultório nutricional apresentam um conjunto de sintomas associados a gases excessivos, dor abdominal, estufamento, constipação ou diarreia. Se você está nesse grupo, entenda que seu processo digestivo e absortivo pode estar comprometido, então, nem tudo que você ingere está sendo bem aproveitado.
Restringir por um período de tempo o consumo de alimentos altamente fermentáveis é interessante e traz resultados importantes a curto e longo prazo. Os FODMAPS são alimentos que aumentam o processo fermentativo e contribuem para o aumento de gases e estufamento.
Você já ouviu falar na dieta FODMAP? O termo FODMAP pode parecer estranho, mas a explicação é bem simples: FODMAP é uma sigla em inglês que denomina um conjunto de carboidratos facilmente fermentáveis no nosso intestino. Mais precisamente, Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides And Polyols, ou seja, oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e poliois fermentáveis. É usada, portanto, para denominar um conjunto de carboidratos de difícil digestão, que acabam fermentados por bactérias no intestino grosso de algumas pessoas. Isso pode desencadear sintomas como inchaço na barriga, gases e cólica abdominal.
Como possuem alta osmolaridade também, esses carboidratos atraem muita água para o intestino delgado, podendo desencadear retenção de líquidos na região abdominal e até diarreia. Além disso, a ingestão de alimentos com alto teor de FODMAPs pode intensificar os sintomas da chamada Síndrome do Intestino Irritável (SII). Esta síndrome, relacionada com os movimentos do intestino, é caracterizada por episódios de diarreia alternados com períodos de prisão de ventre.
Se você percebe que mesmo se alimentando de maneira adequada, excluindo glúten ou até mesmo a lactose da alimentação, ainda assim você não obtém bons resultados quanto ao estufamento abdominal, fique de olho e evite os alimentos abaixo por pelo menos 15 dias e observe se teve melhora em sua queixa. Além disso, o uso de enzimas, fitoterápicos, prebióticos e probióticos pode ser interessante para a melhora do estufamento e deve ser prescrita individualmente para cada paciente.