Ideologias e casamento
O mundo experimentou muitos modos e formas de viver o amor da vida. Em cores e ritos, tradições familiares, posição das estrelas e da lua, surgem novas ideologias do corpo, e até da mente. O tempo renova e recria e até inova. Houve sempre o casamento dos corpos, independente das almas. Houve casamento de contrato e cores, também casamento de gratuidade. Nem tudo pode ser abraçado em contrato, como as coisas imensuráveis. E assim, o casamento da vida abraça mais pessoas e mais vínculos e relações e novas convivências. Os casamentos de origem natural, são de relacionamento de ambos os lados, unem as pessoas, incluem vidas, bens e história. Assim os casamentos religiosos unem valores, a mística da fé, onde entra a gratuidade, como marca fundamental, onde nada é pago, nem serviços, mesa e uso de bens. Ultrapassam a união de corpos. No matrimônio sacramental unem–se as vidas e as necessidades de todos e a proximidade. Incluem-se sobretudo os idosos, os menores, as pessoas de risco e de necessidades. A família é entre todos os povos, pois é da natureza do homem e da mulher. E especialmente em relação às pessoas mais fracas, com deficiência e idosos. A família é um bem para a sociedade. É um modo agregativo, que incorpora valores e bens e o dom de cada um. A família é um bem relacional e fonte de muitas relações e bens para a comunidade. A família humaniza as pessoas através das relações entre si, incluindo as pessoas adotivas e acolhidas. A família é o principal antídoto da pobreza de toda ordem e também do inverno demográfico da maternidade e da paternidade atual. E sem a gratuidade inicia seu próprio decréscimo e a falência dos bens humanos, como o dom de oferecer e de receber.