Ferritina
A ferritina é uma proteína produzida pelo fígado e é responsável pelo armazenamento do ferro no organismo, já a hemocromatose é a doença de causa genética ou não causada pelo aumento da absorção de ferro pelo intestino, mais conhecida como “ferritina elevada”. É importante entender que ferritina alta não significa necessariamente que o organismo tem excesso de ferro. Na verdade, na maioria das vezes a ferritina alta não vem acompanhada de excesso de ferro. Atualmente, a causa mais comum é a síndrome metabólica, em função do aumento da incidência da obesidade, acúmulo de gordura no fígado e diabetes. Algumas das causas da hemocromatose podem ser: Síndrome metabólica; Anemia hemolítica crônica; Doença renal crônica; Infecção aguda ou crônica ou inflamação; Hemocromatose hereditária (doença genética associada ao acúmulo de ferro); Doença hepática ( hepatite C, hepatite auto-imune) e ingestão de álcool.
Como evitar ferritina alta? Combatendo a síndrome metabólica, com dieta adequada, atividade física, controle da glicemia (açúcar no sangue) e do colesterol, evitando excesso de ingestão de gordura saturada, açúcar e álcool.
Como tratar a ferritina alta? Existem várias causas de ferritina elevada no sangue. A sangria é somente recomendada em casos específicos quando a ferritina está muito elevada (acima de 1000) em casos de hemocromatose hereditária.
Geralmente, os sintomas do excesso de ferritina são dor nas articulações, cansaço, falta de ar ou dor abdominal. O aumento da ferritina sem excesso de ferro no organismo pode acontecer em até 90% dos casos. O que pode causar tal confusão é que a ferritina também é uma proteína que se eleva em diversas condições como infecções, processos inflamatórios e alguns cânceres. A obesidade e síndrome metabólica são reconhecidamente doenças que cursam com aumento da atividade inflamatória no organismo, por isso é comum que tais pacientes tenham aumento da ferritina em seus exames.
Em relação a alimentação deve-se evitar o consumo de carne vermelha; Fígado, coração de galinha, moela, ou seja, as vísceras em gerais; Cozinhar e armazenar os alimentos em utensílios de materiais metálicos, para evitar a liberação de ferro para os alimentos; Evitar o consumo de bebidas alcoólicas; Reduzir o consumo de carnes e feijões (feijão, ervilha, lentilha, ervilhas, grão de bico, etc); Evitar o consumo de alimentos ricos em vitamina C (morango, kiwi, acerola, laranja, limão, etc) em conjunto com alimentos ricos em ferro, pois ela auxilia na absorção do mineral; Evitar as verduras verde-escura (brócolis, couve folha, rúcula, espinafre, alface, cheiro verde,etc.)
Dar preferência por consumir café, chás escuros (preto, mate e verde) ou leite antes e /ou imediatamente depois das refeições; Priorizar frutas como a banana, mamão, melão e abacate; Fazer uso de fitatos (sementes), fibras, dando ênfase a pectina (maçã, pêra,etc); Cálcio (leite e derivados) taninos, encontrados nos chás e café, e oxalatos presente no chocolate amargo, diminuem a absorção do ferro; Procurar tomar chá verde ou outros antes ou depois das refeições para diminuir a absorção de ferro em até 30%.