Quando alguém mora num imóvel, mas tem um segundo e talvez um terceiro, ele pode até se descuidar daquele em que reside, deixar ele se deteriorar, talvez até ser consumido pelo fogo. Porém, se for sua única casa, haverá de ter com ela o máximo de cuidado. Se ocorrer a desgraça de “ficar na rua” pode recorrer ao aluguel, talvez um parente ou um amigo o ajude, emprestando-lhe nem que seja um ranchinho para morar. E em último caso há pontes e viadutos, sob os quais poderá fixar “sua humilde residência”.   

Não há como esquecer, todavia, uma casa, onde bem ou mal, todos residimos e se chama Planeta Terra. E se esta moradia for se deteriorando, ficando com cada vez com menos cômodos, menos paredes, surgirem vastos buracos no teto, faremos como? Pediremos ajuda um cantinho para morar ali nos vizinhos Marte, Vênus, Mercúrio, Netuno, ou talvez na graciosa Lua, bem mais perto do que outras vizinhanças, embora uma casinha bem pequenina, onde talvez não tenha como fazer ligação de água para lavar a louça ou tomar um banho.

Penso que deu para entender a alegoria. A casa comum é este nosso Planeta, mas quando ele se tornar inabitável, não tem como por a mudança numa nave espacial e ir morar na Galáxia. O mais difícil não será a construção de naves espaciais, o mais complicado será o preço da “passagem” e deixar o planeta que se quiser habitar em condições do terrestre morar lá. 

Tudo isto está mais para ficção científica. O que será real é que um dia não dará mais para morar aqui e não teremos para onde ir. Alegamos que eles não cuidaram das riquezas naturais e não cuidaram mesmo, porém isto não está repercutindo somente neles, está castigando a todos nós. E se nós não salvarmos o que ainda resta neste privilegiado Brasil, pobre das futuras gerações.   

O Brasil pode negociar com os países mais ricos, mas sem ceder terras, florestas ou subsolo. Isto é nosso e é inalienável a outras nações. Todavia eles podem ajudar financeiramente o Brasil para manter a natureza que temos e que beneficiará todo o Planeta, pois ele é NOSSA CASA, NOSSA VIDA.