Dor e sofrimento
Todos fomos atingidos pela dor e morte nesta pandemia do mundo inteiro. O sofrimento alojou-se dentro de nós. O luto foi o sinal maior neste tempo. A gente ouve explicações de todo o jeito, especialmente como vencer o luto. Precisa chorar, não fugir da dor, encarar, não guardar a dor, mas viver o luto. Ouvi explicações e orientações das ciências e de seus profissionais. Respeito a todos, ouço a todos e meditei tudo o que dizem. Há, no entanto, uma diferença fundamental para nós cristãos. Sem esperança, todas as ciências humanas rodeiam e não conseguem sair do espaço humano, sempre limitado, e uma causa gera outra e o homem, quem é? Para onde vai? Todos partem daqui e o enigma da morte e da vida continuará sempre rodeando sem um caminho e uma esperança. O cristianismo e credos afins sugerem a fé, a esperança. Sem esperança, o homem não vive, apenas vegeta e se defende da dor e do sofrimento a vida inteira e sempre termina com a morte. Para o cristianismo, a dor e o sofrimento fazem parte do limite humano, que vai construindo a esperança e é o caminho do encontro humano e comunhão de todos. Nós cremos em Cristo. Ele morreu e ressuscitou. Abracei seu túmulo vazio cinco vezes. A morte de cruz, atestado por todos os condenadores, três dias depois ainda foram conferir sua morte e guardam o túmulo por soldados. Como disse, ressuscitou e nos dá esperança quem nele crê e espera. Ele venceu a morte. “Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”. Tem a vida nele. “Viverá por Mim”. E mais entramos em comunhão, nos une, não somos sozinhos. Ele é a vida, a verdade e o caminho. Ele é a resposta humana. Ele é a glória sobre toda a dor e o sofrimento. Ele é a ressurreição e a comunhão de todos. Em Cristo, todos vivemos em comunhão de vidas. Ele é o amor da humanidade. Ele nos recebe e espera.