CPMI


Começo parodiando Hamlet, personagem de Shakespeare, fazer ou não fazer, eis a questão. A questão é fazer ou não fazer a CPMI sobre os fatos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro deste ano? Para mim, já que mexeram tanto neste assunto, espero que comecem logo os trabalhos da Comissão, para que se esclareça tudo de uma vez.

Tudo vai girar em torno de saber de quem era o interesse daqueles atos antipatrióticos de vandalismo. Por isso, no meu modesto entender, o que se deve verificar a priori, quem da esquerda ou da direita financiou tudo aquilo, nos últimos 60 dias de 2022 e primeiros 8 dias de 2023. Sobre os dois meses do ano passado ninguém se oporá a aceitar, que eles foram arquitetados e mantidos pela direita, a mais radical.

Estão vamos para janeiro deste ano. Chegaram à Brasília,naquela primeira semana, mais de 100 ônibus, levando em torno de 5 mil pessoas advindas dos mais variados pontos do Brasil e ninguém me fará engolir que eles viajaram por conta própria e consequentemente pessoas interessadas nos eventos que aconteceram, investiram uma boa soma nesta empreitada.

Se foram pessoas da esquerda, eles teriam, imagino eu, arquitetado enganar os já acampados há longos dias, e vestindo camisas amarelas e portando a Bandeira Nacional, os arrastaram para a insana aventura e estes somente se deram conta que haviam sido enganados por milhares de infiltrados, quando começaram a depredar as sedes dos três Poderes. Meio surrealístico, mas poderia ter acontecido.

Porém, se os financiadores foram da direita, então não tem como criar uma resenha, uma fábula, que tudo aquilo tenha sido arquitetado pelo atual Governo para culpar os bolsonaristas. E tem que se averiguar também em que momento os três Poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário se reuniram para montar o esquema para se fazerem de pamonhas e deixar que suas sedes constitucionais fossem destruídas de forma criminosa e antidemocrática.

Estabelecidas estas premissas, que se toque em frente a CPMI, para descobrir os culpados e puni-los exemplarmente, doa a quem doer.