Como sair da zona de conforto? - Parte 1
O ano começou e, provavelmente, você fez suas promessas e traçou metas para cuidar da sua saúde. Ótimo! Mas o quanto você está comprometido para atingi-las e ter um ano diferente dos demais? Já parou para pensar que melhorar seu estilo de vida e se mexer mais são atitudes que podem mudar a sua vida muito além do que você imagina?
Então, está mais do que na hora não somente de pensar, mas principalmente se mexer e agir o quanto antes. Nos últimos anos, uma série de pesquisas vêm confirmando o que intuitivamente boa parte das pessoas talvez já soubesse: essa história de passar mais de 8 horas por dia sentado, às vezes até mais, é terrível para a saúde. Sedentarismo não vem do latim sedere (sentar) à toa. Neste exato momento, em que você provavelmente está acomodado na cadeira para ler este texto, infelizmente está prejudicando o próprio corpo.
Um estudo mais recente sobre os males do sentar foi feito com nada menos que 250.000 participantes e publicado em um dos mais importantes periódicos de medicina do mundo, o Archives of Internal Medicine. O resultado chega a ser um pouco aterrorizante. Os resultados mostram que ficar mais de 11 horas por dia sentado, seja trabalhando, vendo televisão, jogando videogame ou navegando na internet, pode dobrar o risco de morrer dentro dos próximos três anos. O estudo se refere a pessoas com mais de 45 anos, mas os jovens também devem se preocupar: apenas 6 horas por dia é o suficiente para aumentar em 40% as chances de morrer nos próximos 15 anos.
Em 2010, a Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, divulgou na revista Medicine & Science in Sports & Exercise, um estudo observando que o sedentarismo, especificamente o tempo em que um indivíduo fica sentado em frente à televisão e dirigindo um carro, é capaz de elevar em até 64% o risco de morte por doenças cardiovasculares em homens. E não se trata apenas de trabalho. A situação não muda nos momentos de lazer. De acordo com a mesma pesquisa, um adulto chega a passar 90% do seu tempo de lazer sentado.
Na próxima edição, falaremos um pouco mais sobre as consequências fisiológicas em ficar sentado. Abraço e até lá!