CNA reforça urgência na recomposição do orçamento do Plano Safra e na prorrogação de financiamentos de produtores afetados pelo clima
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, no Palácio do Planalto, de reunião para discutir ações para aumentar a competitividade do agro em 2022. O encontro aconteceu com representantes da Casa Civil e da Secretaria de Governo da Presidência da República.
O ponto mais urgente solicitado pela CNA foi a necessidade de recomposição de R$ 5,7 bilhões de recursos no orçamento para subvenções na forma de equalização de juros do crédito rural. Deste volume, R$ 3 bilhões seriam para destravar a contratação de crédito na safra 2021/2022 e para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2022/2023.
A CNA está discutindo a recomposição destes recursos junto ao governo federal e parlamentares. A entidade também solicita R$ 2,7 bilhões para as renegociações, rebates e execução do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).
No início de fevereiro, o Tesouro Nacional solicitou às instituições financeiras a suspensão de novas contratações de crédito rural com estes recursos. Com isso, os produtores estão sem acessar as linhas de crédito no plano safra vigente.
Este impasse, avalia a CNA, tem causado morosidade na adoção de medidas efetivas pelo Governo para ajudar produtores rurais que tiveram perdas expressivas na produção por conta de intempéries climáticas decorrentes do La Niña, que alcançou seu pico em dezembro e janeiro.
Há um mês, a CNA encaminhou ofícios ao Governo Federal solicitando medidas emergenciais aos produtores afetados pela forte estiagem e enchentes, como prorrogações nos financiamentos sem elevação da taxa juros, sem cobrança de taxas para reavaliação de crédito, linhas de capital de giro emergencial, entre outras ações.
Esta suspenção temporária do crédito rural com recursos controlados, deixam os produtores da região preocupados, pois afeta em cheio o planejamento e execução de semeadura das as culturas de inverno (Trigo, Canola, Cevada, Aveia e Triticale), em um ano em que o produtor rural acumula perdas no campo, devido aos efeitos da estiagem, e procura nas culturas de inverno, uma forma de minimizar esses prejuízos.