Cigarrinha-do-milho: desafios ao manejo
Os sintomas do enfezamento são percebidos tardiamente, mas a presença da cigarrinha pode ocorrer desde os primeiros estádios de desenvolvimento do milho. Quanto mais cedo a planta for atacada e infectada, maior serão os danos causados pela doença. Por isso, o monitoramento deve ser iniciado logo após a emergência do milho.
A utilização de estratégias de manejo de forma isolada não é efetiva no controle da cigarrinha. Por isso, recomenda-se o uso de estratégias integradas. Seguem algumas importantes estratégias que auxiliam no controle dessa praga/vetor:
-
Eliminar plantas voluntárias de milho na entressafra, que podem servir de inóculo dos patógenos para contaminar as cigarrinhas;
-
Utilizar cultivares de milho resistentes aos enfezamentos;
-
Rotacionar cultivares de milho com níveis de resistência entre uma safra e outra;
-
Evitar semeaduras tardias e cultivos subsequentes de milho;
-
Evitar cultivos de milho próximos a lavouras já com presença de enfezamentos. Caso isso ocorra, evitar que as cigarrinhas infectadas ataquem a lavoura recém implantada;
-
Concentrar as épocas de semeadura para reduzir a quantidade de cigarrinhas infectadas.
Realizar tratamento de sementes – Essa é uma das principais estratégias para proteção inicial da cultura contra possíveis ataques, logo após a emergência de plantas. O tratamento de semente é uma prática fundamental dentro do programa de manejo para a proteção das plântulas, pois quanto mais jovem for o milho, maior serão os danos causados pela transmissão dos patógenos;
Realizar tratamento químico na parte aérea do milho – É importante ressaltar a importância da adoção das estratégias anteriores citadas, para que, com isso, se consiga realizar o menor número de pulverizações com inseticidas em parte aérea, pois esses inseticidas acabam tendo um baixo efeito residual, visto que a cultura do milho na fase vegetativa emite folhas novas constantemente e re-infestações da praga acabam exigindo pulverizações frequentes. Aqui, vale ressaltar que a utilização de inseticidas biológicos, associados aos inseticidas químicos, aumentam a eficiência do nosso controle.