Cigarrinha-do-milho: danos e condições favoráveis
A cigarrinha é um inseto-vetor de patógenos, ou seja, não causa danos expressivos diretamente, mas de forma indireta. O dano é causado quando a praga, durante o processo de alimentação, desempenha o papel de transmissora dos patógenos causadores dos enfezamentos pálido e vermelho do milho.
O que são enfezamentos?
O enfezamento é uma doença causada por microorganismos da classe dos Mollicutes, conhecidos como espiroplasmas e fitoplasmas. Os enfezamentos podem gerar danos que podem acarretar perdas totais da lavoura, ao ponto de não justificar a colheita. Os principais danos são:
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Redução da absorção e assimilação de nutrientes pela planta;
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Redução no tamanho da planta;
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Encurtamento de entrenós;
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Ocorrência de super-espigamento;
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Espigas improdutivas;
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Redução no tamanho de espigas e espigas com falhas;
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Grãos mal formados e chochos.
A Cigarrinha está sendo favorecida pela presença de lavouras de milho de diferentes fases de desenvolvimento no campo e pelo cultivo de milho safrinha. A ocorrência de plantas de milho tiguera e a manutenção de plantas com sintomas de mollicutes no campo, as quais são fonte de inóculo para a cigarrinha, podem favorecer para sobrevivência da praga e contaminação de plantas sadias. A cigarrinha se alimenta e se reproduz apenas no milho e, por isso, a manutenção de plantas é favorável para sua multiplicação.
Cada fêmea pode pôr de 400 a 600 ovos. A temperatura ideal para incubação é em torno de 26 a 28 °C e dura de 8 a 10 dias. Após a emergência das ninfas, essas vivem em colônias junto aos adultos, preferencialmente, dentro do cartucho do milho, onde ficam mais abrigadas. A longevidade dos adultos pode chegar a 8 semanas. O ciclo de vida da cigarrinha dura em torno de 25 a 30 dias. O clima seco favorece ainda mais a praga.