A estupidez da guerra


 

Não estou me referindo especificamente a guerra atual entre a Rússia agressora e a Ucrânia agredida. Penso em todas as guerras, grandes ou pequenas, mundiais ou regionais, que existiram desde que Caim matou Abel. Alguém dirá, mas nesta só participaram duas pessoas. Sim, mas se levarmos ao pé da letra esta história bíblica e não devemos levar e olhando para o lado estatístico, 50% da população mundial de então guerreou. Mas deixemos de lado estas divagações e atenhamo-nos nas milhares de guerras que aconteceram nestes também milhares de séculos da humanidade.

Não existe guerra santa ou guerra justa. Quem as qualifica assim são os que as promovem para justificar a maldade que há em todas as guerras. Dias atrás vi uma notícia na TV, que mostrava um prelado da Igreja Ortodoxa Russa abençoando os militares daquele país, que iriam lutar contra a Ucrânia. Mas ao longo de todos estes séculos quantos exércitos partiram para a guerra, tendo antes recebido bênçãos dos seus líderes religiosos, cristãos, maometanos e tantas outras designações religiosas. Nem a Igreja Católica escapou deste estigma em tempos de Cruzadas e também até nem muito tempo atrás. O Papa Júlio II no começo do século XVI fez mais do que apenas abençoar o exército que partia para a guerra. Ele mesmo vestiu a armadura e comandou tropas nas lutas lá na Europa.

Graças a Deus temos tido depois pontífices católicos que não mais fizeram isto e “lutaram” com exemplos e palavras, pela PAZ. Temos lá no Vaticano o Papa Francisco que exorta e faz de tudo que está ao seu alcance para que a guerra russa ucraniana cesse o quanto antes. E temos que reconhecer que líderes de outros credos têm feito o mesmo agora e em passado mais recente.

 

Nunca caiamos na esparrela de crer que existe guerra que seja boa. Como pode ser bom algo que ceifa milhares de vítimas, jovens que teriam um futuro e que vão aos campos de batalhas para tombar mortos, ou regressarem feridos, mutilados, para atender aos anseios de déspotas, que abrigados em seus palácios bem protegidos não sofrem mal algum?